- Cê gosta das estrelas?
Gosto. Apesar de ser casado com a Lua, admito ter um caso secreto com as estrelas e alguns encontros casuais com o anoitecer. Sim, vivemos nesse ménage à trois e até ouso dizer que somos felizes, mesmo não sabendo bem o que é felicidade. Afinal de contas, quem sabe me dizer o que é felicidade? Se depois de todos esses anos a humanidade ainda não descobriu, acho que já passou tempo o suficiente para desistir de procurar e tentar começar a ser feliz de fato.
- Cê gosta de gente?
Gosto. Apesar de ser um tanto quanto louco e preferir a companhia de uma ideia, gosto de gente. Não sei dizer o que aconteceu, não sei se foi o interesse pelos comportamentos e os motivos destes que me deixaram louco, ou se a loucura me fez interessado nos comportamentos e motivos destes. Gosto de olhar e, como uma criança, tentar entender o que passa na cabeça de uma pessoa quando ela faz qualquer coisa, desde sorrir até assassinar alguém. Cada um com seu gostar.
- Cê gosta de pensar?
Penso muito em muitas coisas muito complexas. Admito, tenho medo de parar de pensar e não conseguir voltar a usar minha mente. Tenho medo de um dia acordar e não escutar meu próprio pensamento me dizendo "Acorda, seu vagabundo". Admito que tenho um relacionamento muito instável com meus pensamentos, mas sou muito inseguro de perdê-los e não faço nada para estabilizar nossa relação. Gosto do caos em que mergulho às vezes, gosto de chegar bem próximo ao caos, dar um peteleco no nariz dele e depois sair correndo só pra ver até onde ele me persegue.
Mas isso, tudo isso são apenas ideias vagas. Vagas ideias. Há vagas.
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