quinta-feira, 11 de julho de 2013

Viver para competir...

E competir para viver são frases semelhantes, mas completamente diferentes. Um humano médio tem lá seus 1,70m de altura, já a atmosfera terrestre vai lá até suas centenas de quilômetros. Agora, imagina a altura do Universo? Sinceramente, somos tão significativos quanto um átomo de carbono no meio da Praia de Copacabana. Isso mesmo, nem um grão de areia, um átomo de um grão de areia numa praia, e ainda assim nos consideramos "grandes", "superiores", "supremos". Eu sei que pensar na infinitude do Universo é meio deprimente, principalmente quando lembramos que não somos nada perto dele, por esse motivo, vou tornar a leitura um pouco melhor para você, querido leitor do Vitamina de Cérebro! Não me lembro da última vez que vi duas formigas discutindo pra ver quem era superior, mais forte, mais rápida, mais inteligente. Apenas lembro de ver formigas trabalhando para um bem maior: o de todas elas! Mesmo que isso signifique a morte de uma, se for para o bem das demais, que seja feito. Então, uma amiga muito querida me disse: "Mas Lucas, todos os seres vivos, com exceção dos vegetais, são competitivos. Um leão sabe que é rei, um galo não pode deixar outro galo cantar em seu território, além da competição, há também uma vaidade". Logo, compreendi que ela quis dizer que se todos são, por que os humanos seriam diferentes? Ora, pelos motivos. Um bode tem que ser mais forte, ou mais rápido, ou melhor em alguma coisa para poder ter o direito de perpetuar seu gene. Um leão tem que ser o melhor para ter o título de rei, um galo tem que ser o melhor para poder cantar naquele galinheiro. Apesar de ser bem semelhante à vaidade humana, não é vaidade, porque o bode, o leão e o galo somente querem passar seus melhores genes para frente, não querem ser reconhecidos como tal. Até porque, qualquer um pode desafiar o melhor e, se ganhar, simplesmente ganha o direito de perpetuar a espécie. É como um consenso entre os animais, somente os melhores passam para frente. A vaidade é basicamente tornar brincadeira algo sério. Suponhamos que eu seja o corredor mais rápido do mundo, não por isso eu passarei meus genes para frente, apenas ganharei um prêmio "simbólico" de que eu sou o superior. Ou seja, tornaria algo sério, que é a perpetuação de uma espécie forte numa brincadeira, num esporte que pratico apenas pelo prazer de ser o melhor. Claro, qualquer um poderia me desafiar, mas, apenas ganharia o meu título de melhor, e apenas por vaidade, não por algo realmente importante. Estou me fazendo entender? Acho que não. Resumindo, nós vivemos para competir, já os animais competem para viver, coisas que são semelhantes na construção da frase, mas completamente diferentes no sentido dela. É isso aí, um abraço!

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