segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sobre mate e cigarros...

Uma neblina densa cobriu minha manhã de tal forma que eu mal podia enxergar. Isso me marcou, porque não era uma neblina comum, era diferente de todas as outras. Talvez o termo apropriado seja "névoa", mas gosto da palavra "neblina", poderia refletir nela por horas sem me cansar. Não é a primeira, e tenho certeza que jamais será a última, vez que isso acontece... Ser tomado por uma neblina numa fria manhã de segunda-feira pode ser um pouco incomum. Não sei... Tenho percebido que a vida é uma sucessão de problemas e soluções, um ciclo permanente das coisas. Recentemente muitas manhãs tem sido nebulosas. Entre um gole de mate e outro trago do cigarro, aprecio essa nuvem caída que me cobre enquanto me pergunto se devo abraça-la ou tentar fugir. Nenhum homem jamais conseguiu fugir dela, por que comigo seria diferente? A menos que eu fosse especial. Eu sou especial? Sim e não. Sou único, mas não o único. Recentemente muitas coisas têm sido paradoxais, a água tem se misturado com o óleo, o dia com a noite e a lucidez com a insanidade. Reflito... Mais um gole generoso de mate, mais um cigarro aceso. Muitas coisas têm mudado demais, me pergunto se pra melhor ou pra pior. Será que isso é bom? O que é bom? Ah, cérebro, seu moleque travesso, sempre me aprontando traquinagens e tentando me deixar louco. Me impressiona sua dedicação, mas será necessário que treine muito mais. Por que não descansar um pouco e tomar uma boa xícara de mate? É revigorante! Pode te ajudar a pensar em outras formas de me enlouquecer. É como eu sempre digo: Coragem não é enfrentar seu inimigo, mas sim, convida-lo para tomar um chá e discutir novas formas de tentar te vencer. Mas a realidade não é minha coragem em convidar meu inimigo para um chá, e sim que o meu inimigo, na verdade, é outro. Por isso, não me incomodo em chamar meus inimigos declarados, estes eu já venci, o que eu preciso é matar o que me mata, o que, na verdade, são duas coisas: O tempo e eu mesmo. Oras, se é de meu interesse me vencer, porque não convidar quem dedica a vida a isso? Pode ser vantajoso para ambos! Quanto ao tempo... Ah, o tempo... Esse eu ainda não consegui vencer, mas este eu vou deixar pra depois de fumar mais um cigarro e dar outro gole de mate...

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