Um soneto aos céus. Dardenne, Lucas Adorni.
Hoje, ó Sol,
Rogo-te por luz.
Pois a que me conduz,
Reduziu-se a um mol.
Hoje, ó Dor,
Rogo-te que vá embora,
Pois já é hora
De perdoar o rancor.
Hoje, ó Vermes,
Rogar-vos-ei que sumam,
Pois exijo que não mais consumam
As carcaças de minha epiderme.
E com isso, ó Céus, rogo-te por piedade,
Pois já não sei se o que faço é, de fato, maldade...
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