segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Raiva.

Realmente não faço ideia de por onde começar esse conto...
Afinal, foram tantas coisas que foram se sucedendo. Logo pra mim, quem tinha o total controle a situação. É de impressionar como as coisas seguem uma ordem caótica até o final desastroso. Acho que tudo começou quando minha esposa disse que sentia desejo de fazer um ménage à trois com um antigo amigo dela de faculdade.
Tudo que fiz foi agradá-la, e dizer que tudo bem. No começo eu realmente estava tranquilo com a idéia. Porém conforme foi passando o tempo, e fui ficando possesso com toda a situação. Ainda que a idéia fosse dela, eu tinha no mínimo o direito de escolher algum parceiro íntimo da nossa relação. Depois de algumas semanas, tive peito o suficiente para desabafar com ela, e dizer que eu não aguentaria essa situação.
Ela riu da minha cara e me chamou de tolo, e que se ela quisesse me trair, não teria contado a idéia de fazer um ménage. Essas palavras despertaram o sossêgo no minha alma. Pelo menos por um dia eu consegui esquecer dessa idéia louca de que ela me trairia.
Conforme se aproximava a temida data do ménage, eu ia ficando mais e mais raivoso, diferente da primeira vez, agora eu estava sádico. Afinal, o que poderia dar errado? Talvez nada acontecesse de errado, mas a idéia em sí era errada. Logo como eu poderia aceitar fazer algo errado, para um fim tão errado quanto?
Na manhã daquele sábado, o céu amanheceu cinza. Ela chegou da padaria e me disse que seu amigo viria de noite, e que já estava tudo acertado. Eu apenas dei um sorriso apático e concordei. Afinal, o que poderia dar errado? NADA! Eu me repetia em minha mente, NADA DARÁ ERRADO!
Aquela tarde passou lenta como toda boa tortura deve ser. Mas finalmente chegou o momento que, naquela altura do campeonato, eu já cobiçava mais que minha esposa. Eu espero que quem esteja lendo aprenda alguma lição com isso, independente de qual for.
Ele chegou, e com um sorriso sarcástico estampado no rosto me cumprimentou com cortesia. Ora, como eu poderia não me ofender com tamanho cinismo? Mas não, hoje não, hoje é especial.
Ela sugeriu que fossêmos ao quarto para "tratar de assuntos". Todo aquele cinismo me irritava, ela sabia disso. Nos dirigimos ao quarto. Chegando lá, disse para começarem sem mim, porque ia na cozinha tomar um gole d'água. Desci até a cozinha e peguei minha melhor faca. Voltei ao quarto com ela escondida atrás dos braços.
Ela me perguntou o que eu tinha, apenas respondi que era um presente, fui me aproximando dela e desferi um golpe fatal na jugular dela. O sangue jorrava e o sujeito estava paralizado de medo. Eu virei e disse que ele seria o próximo à receber o "presentinho".
Me aproximei dele, enquanto ele recuava caindo da cama. Agarrei ele e empalei o desgraçado sem dó ou piedade. Ele me suplicava para deixá-lo viver, isso apenas me motivava mais. Agarrei a cabeça dele e o joguei quebrando o vidro da janela, e deixando ele cair.
Não posso me arrepender agora, e não me arrependeria nem que quisesse. Sei que vou de trem-bala para o inferno, mas não poderia deixar que uma coisas dessa me acontecesse, e eu deixar barato.
E agora estou aqui numa cela de cadeia, apenas esperando que a Morte me leve. Mas até lá, vou ficar com esse imenso sorriso de satisfação, afinal, cumpri o que prometi. E nada, absolutamente NADA vai me fazer mudar de idéia.

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