Caminhando pelos caminhos mais obscuros de seu voyeurismo, ele chegou num pequeno parque ao lado de uma praça. Acendeu um cigarro mentolado e deu uma tragada funda, soltando o fôlego um vento levou toda a fumaça até a janela de uma casa. Uma pequena casa, bem simples e cheia de pequenas árvores ao redor. Tinha algo que o chamava a atenção para aquele pequeno recinto, as cortinas cinzas davam um grande ar sinistro em meio de tantas árvores. Até que o silêncio foi quebrado pela imagem de uma garota usando um vestido rosa.
Apesar da pouca idade, ela já tinha uma beleza fenomenal. Sua pele clara reluzia toda a inocência e pureza que algum ser poderia ter. Mas ele queria saber o porquê de tamanho fascínio, o porquê de cair nesse "limbo" psicológico.
Novamente da outra tragada no cigarro, e a fumaça logo toma conta do ar, bloqueando sua visão. Conforme a fumaça se dissipa ele volta os olhares até a casa, porém, a garota da janela já não estava mais lá.
Por um momento, ele sentiu um completo vazio retornando ao seu ego. A solidão voltou, e ela trouxe sua maior companheira: A Dor.
Apenas por um momento, ele se sentiu o nirvana: Rápido, passageiro e muito destrutivo.
Uma pena que orgasmos durem tão pouco. Uma pena...
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