Nunca sabemos onde vamos parar por causa de um favor, não?
Outro dia, estavam 3 amigos e Eu num bar. Sempre formais e bem vestidos estavamos conversando sobre nosso plano contra o Don Gonzalo. Quando chega um velho conhecido meu dos tempos de escola, o coitado estava acabado na bebida, virara um alcoolatra de carteirinha. Ele viera como um pobre coitado me pedir dinheiro como faria com qualquer desconhecido, mas quando me reconheceu aconteceu aquela velha cena: "AH, A quanto tempo?! O que esta fazendo da vida? Bla Bla blá!". Para evitar chamar atenção, o convidei para passar na minha casa para dar um "Olá" aos irmãos da familia.
Chegando em casa, ofereci-lhe moradia, roupas, comida, e um copo de Uísque, em troca de um pequeno favor: Se juntar à minha familia na luta contra Don Gonzalo.
Ele me pediu algum tempo para pensar, pois ele não sabia o que poderia acontecer daqui em diante.
E depois de 3 dias pensando ele veio e me respondeu:
Victor- Isso seria um Favor?
Eu- Sim meu caro Victor, você entraria em débito comigo...
Victor- Então estou fora.
Eu- Eu sabia, você sempre foi fraco. Desde a escola você temia se aproximar de mim, você me temia porque tinha medo de me dever algo, mas queria a minha proteção...
Eu- Sabe Victor, se você viesse a mim como um amigo, eu seria seu amigo e seus inimigos temeriam você por ser meu amigo. Mas, agora vejo que você não nasceu para ser forte, você é um fraco como todos os outros que já estão devidamente enterrados!-Disse raivoso e dando um soco na mesa.
Victor- Também não é assim, eu tenho medo de você aind-
Eu- Eu não estou aqui para causar medo- disse cortando sua frase- Estou aqui para causar Respeito, medo não é respeito, medo é o que os fracos sentem quando são incapazes de superar o forte, quando são incapazes!- disse tomando mais um gole de vinho e retirando meu chapéu.
Victor- OK, desculpe tirar tanto do seu tempo. Passar bem, não vou mais te amolar com isso.- Disse Victor saindo pela porta da frente.
"Sabe, ele morou em minha moradia por 3 dias, desfrutou de minha bondade para no final me dizer que tem medo de mim? Isso me cheira covardia". Pensei enquanto acendia um charuto.
5 minutos depois dele sair, o meu telefone toca. Parece que além de covarde, eu tinha um traídor nos meus dominios, era o Júan que dizia que ao sair, Victor esfaqueara Carlos e Humberto, meus homens perguntaram se eu queria ele morto. Mas eu recusei, ele era um assunto que eu teria de resolver com as próprias mãos.
Peguei minha companheira calibre .38 e a coloquei em meu coldre de couro. Saí em busca de meu pequeno "amigo"...
Comecei a buscar nos lugares óbvios dos alcoolatras, fui em todos os bares procurando por qualquer pista, quando eu estava chegando perto do último bar da cidade, sinto uma facada em minhas costas. 2, 3, 4 facadas, eu olho para trás antes de cair e vejo Victor com um sorriso de satisfação dizendo:
Victor- Quem é o fraco? Quem é o medroso? Quem é um covarde?! Me diga agora!- Dizia aos berros.
Eu- Continua sendo você- Saquei minha .38 e dei logo 3 tiros nele. Um no peito, um no olho esquerdo e outro no estomago...
Eu desmaiei e meu pessoal me achou no chão ensanguentado. Me levaram para um hospital e acharam um Bode Expiatório para que eu continuasse livre. Pois é, nunca sabemos para onde vamos no dia seguinte, ainda mais quando se vive na luta diaria pelo poder e respeito...
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