domingo, 22 de julho de 2012

Certo. Ou errado?

Afinal de contas, o que é certo e o que é errado? Sabemos por experiência, mas não temos como formular um conceito concreto sobre isso, pois simplesmente é abstrato.
Isso mesmo, certo e errado são conceitos abstratos que usamos pra justificar as consequências de uma ação. Isto é, você acha que fez algo certo se tiver uma consequência positiva, e acha que fez algo errado se tiver uma consequência negativa. Estou certo?
Não, não estou certo... Repetindo a pergunta inicial, o que é certo? Seria algo que vai de acordo com os "bons costumes"? Mas isso traria uma nova pergunta: O que é bom e o que é mau? Estamos empacados novamente na estaca zero.
Vamos utilizar um exemplo simples: Supondo uma casa térrea, onde é possível entrar facilmente pela janela. Seria errado utilizar a janela para entrar? Diriam que isso é contra os bons costumes. Mas imaginando um universo paralelo, onde entrar pela janela é um sinal de cortesia e entrar pela porta é uma ofensa. Isso tornaria todo o conceito de certo e errado, ou bom e mau, um exercício de futilidade.
Explicando o que falei sobre justificar as consequências, imagine o seguinte: Você magoou muito uma pessoa, a ponto dela não querer olhar mais em sua face. Você pode pedir perdão, ou ignorar. Vamos dizer que peça perdão e ela o perdoe de coração. Você fez a coisa certa, afinal, está tudo bem agora. E vice versa. Se você ignorar, ela ficará sem falar com você. E seria "errado"?
Mas e as circunstâncias da ação? E se você a magoou exatamente para não magoar outra pessoa? Você fez o certo para um e o errado para outro. Isso é válido? É possível opostos conviverem na mesma situação?
Na verdade é sim, pois certo e errado variam muito conforme o ponto de vista do observador, você pode julgar algo certo, porém, outro ponto de vista poderá julgar errado. E isso tornará algum dos dois certo ou errado?
Tendo padrões em base é fácil rotular as circunstâncias, mas e se quebrássemos esses padrões? Seria impossível dizer o que é certo e o que é errado.
A conclusão de hoje é, não há conclusão... Mas de fato, eu não esperava que tivesse. Pois como eu disse desde o começo, o que tornou o post inteiro um grande de desnecessário exercício de futilidade, são conceitos abstratos. Ou seja, podemos até saber o que é cada coisa, mas não podemos descrevê-la.

Abraços e boa noite.

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