Esses monólogos madrugatinos são um barato. Sabe o que mais é bem legal? Neologismos! Machado de Assis trinca os dentes no túmulo sempre que criamos uma palavra nova. Coitado, já o fiz ficar banguela de tantos neologismos que uso! Ora, madrugatinos sim senhor! Ainda que já tenha passado da meia noite eu cumprimento as pessoas dizendo "Boa noite!", afinal, meu calendário só tem continuidade caso eu durma. Caso contrário, fico paralisado no tempo. Opa, me perdi no raciocínio. Vou começar novamente.
Esses monólogos madrugatinos são o máximo, sempre profundos, parece que a madrugada ativa nosso lado poético. Eu, por exemplo, se vejo um buraco na rua de dia apenas penso: "Ora, é um buraco.". Porém, se eu vejo o mesmo buraco na madrugada, logo penso: "Eis o abismo de minh'alma. Profundo e negro como meus sentimentos ocultos..."
Repare nas reticências! Se você usa reticências no seu texto para dar um ar dramático, faz muito certo! Não que eu tenha algo contra o ponto final, ele é um grande amigo meu, mas com as reticências ninguém pode fazer nada...
Viu só?! É o máximo! Faz qualquer frase parecer muito mais profunda e sentimental do que realmente é! Quer um exemplo? "Hoje eu caguei mole...".
Que diabos! Me perdi novamente no raciocínio!
Enfim, como sei bem que não vou conseguir desenvolver esse raciocínio, vou apenas finalizar com alguma frase profunda. Um ditado italiano que eu gosto muito.
"Non tutte le ciambelle escono col bruco"
Nenhum comentário:
Postar um comentário