domingo, 12 de junho de 2011

Vale a pena viver num mundo como...

Esse? Num mundo onde leite estragado, massa repleta de bactérias e água congelada são comercializados, onde elogios cegam e críticas destroem? Onde temos que pagar para ter o direito de ouvir uma melodia? Ou que temos que pagar para simplesmente ver uma pessoa, que no final de contas não é tão diferente de você ou eu? Não, eu acho que não. A questão é mais profunda do que cabe à esse reles blogueiro, porém não é de todo mal simplesmente abordar esse assunto, afinal é minha função nesse mundo como cidadão: Falar.
Ao decorrer dos anos, percebe-se a superestimação de banalidades. O que na teoria já é algo bizarro, na prática se torna algo bizontroso (ok, vou evitar os neologismos), ou seja, algo bizarro e monstruoso. Afinal, não lembro o porquê de me falarem que alguma celebridade jantou arroz, feijão e bife acebolado. Sinceramente e não ofensivamente, eu não me importo o que ela fez ou deixou de fazer, se o mundo continua no "panem et circenses", então eu não dou a mínima pra ela. Aliás, quem nos deu o direito de julgar mesmo? Acho que foi assim que nasceu a matéria de Direito, queriam simplesmente ensinar a arte do julgamento.
Não te interessa saber que o pão que você come é fruto da digestão de bactérias? Pois pra mim sim. Não existe nada mais interessante do que saber como algo é feito, não sei vocês, mas eu adoro saber como algo funciona. Mais alguém tem essa necessidade de por quês? Pois deveriam.
Creio que o que falei no começo do texto foi uma metáfora, não faz muito sentido, mas que é legal parar pra pensar nisso, tenha certeza de que é.

Um comentário:

Jow'xþ disse...

Ótimo artigo. Vivemos em um mundo totalmente insano e desigual, ou bizontroso (HASHSAHSUHAS). Fica ai uma frase de Dostoiévsky do Livro O Idiota "No amor abstrato para com a humanidade, não se ama a ninguém, e sim a si próprio." Abraços ;D