segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os sinos da igreja

Poxa, que energia me veio agora o_O

Pois é, enfim, digitalizei um conto bem ao estilo Allan Poe =)
Então postarei hoje e agora para não esquecer, é um pouco grande. Mas enfim, é issae :D


Os sinos da igreja

A velha paróquia no topo da colina sempre fora alvo de lendas urbanas, palco de eventos horrendos durante a inquisição, estava abandonada desde meados do século XIX. Ela já estava no coração de todos os moradores, alguns com medo, outros nem tanto, mas todos sentiam algo por aquele recinto.
Sua arquitetura estava comprometida, por isso a prefeitura determinou que seria proibido entrar lá, porém por ser uma bela antiguidade, resolveram deixá-la por lá mesmo.
Dentre os passatempos dos jovens, estavam as estórias sobre fenômenos paranormais que ocorriam lá dentro. Ninguém nunca ousou passar de trocar lendas, mas aquele dia era diferente.
Não perderam tempo, correram ao mercado para comprar algumas garrafas de vinho barato. Após a primeira garrafa começaram a jogar verdade ou desafio, o jogo foi seguindo e as garrafas também. Logo veio o desafio que todos esperavam, mas todos receavam a fazer. Entrar no campanário e tocar o sino cinco vezes. Um arrepio lhe subiu dos pés à cabeça. O silêncio dominou o clima, decidiu que iria.
Ao ficar frente-a-frente com o portão gigantesco, a lua refletiu na vidraça vermelha, fazendo um mar de sangue em sua frente. Seguiu em frente, a porta estava aberta. O campanário ficava no topo das escadas, não seria difícil chegar até lá. Apenas foi seguindo.
Enquanto isso, os amigos começaram a ficar preocupados e decidiram segui-lo. Chegaram ao portão e ouviram doces badaladas, uma, duas, três. Suspiraram aliviados, porém o suspeitaram porque o combinado eram cinco. Mas isso não diminuía o êxtase de saber que o amigo estava bem. Mais uma badalada e eles seguiram entrando.
Quando ficaram de frente para o mar de sangue e um corpo totalmente mutilado, o som da quarta badalada cessou completamente...

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