segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Solilóquio de um suicida.

A única essência que fazia cada um de meus dias valer a pena foi banida de minha vida. Agora que meu sol se partiu para o outro lado compreendo que eu tinha o tesouro da vida. Um dia talvez poderei vingar-me do demônio que matou minha alma, matar é para os fracos, farei de cada segundo da vida dele um inferno, talvez até o diabo não consiga ser tão cruel quanto eu serei. Mas até lá irei apenas aguardar e tomar deste copo amargo, vou degustar dos piores sabores, desde que isso faça com que seu maldito nome seja queimado na imensidão de chamas do inferno.

Agora, em letras rancorosas farei poesias rezando pela sua maldição. Você pode sentir essa presença? É meu coração gritando suas últimas palavras. Apenas ouço "por que?" "por que?" "por que?", agora eu também me pergunto: Por que comigo? Porra! Tantas pessoas no mundo e acontece isso logo comigo!

Talvez esse texto tenha perdido o sentido, mas foda-se, minha vida também perdeu. Talvez se eu não fosse tão "talvez" ela ainda estivesse aqui comigo, e o brilho de cada manha ainda iluminasse minha vida. E aqui fica meu teatro de fantasmas.

Aqui jaz minha vida, minha alma e contudo meu rancor.


Esse texto foi baseado numa coisa que me aconteceu, e numa pessoa que eu perdi. Sensacional como as desgraças nunca vem sozinhas, não?

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