Sabem, sempre imaginei a vida de um homem em quatro momentos metafóricos: Primeiramente, quando um garoto anda na cadeirinha de crianças em um banco de carro. Em segundo lugar, quando ele sai da cadeirinha. Em terceiro, quando ele finalmente passa pro banco da frente, a emoção de sentar-se no banco da frente simplesmente o causa um êxtase sobrenatural, algum prazer doentio e psicológico que não passa de um ato simbólico... E por fim, quando o garoto finalmente passa para o banco do motorista, essa é a última parte e mais importante, pois é a hora em que ele finalmente guia para onde está indo, não sendo mais guiado por ninguém. É algo bonito de se ver, a esperança de que um jovem possa encontrar seu lugar. Acho que essa é uma boa metáfora para explicar passo à passo a transformação de meninos em homens. Outro modo de explicar isso, talvez seja conforme o filho caçula muda seus rótulos. Começa sendo filho, ou irmãozinho, conforme o tempo passa, ele se torna cunhado. Depois de um tempo, se torna tio. E por fim, se torna pai. A importância de ser pai, confesso que não sei dizer qual é exatamente, pois confesso ter tido um pai muito ausente na minha vida. Mas posso dizer que o simples momento em que o tio se torna pai, tem toda uma cerimônia psicológica, pois é uma mudança muito radical de rótulos. Isso porque estou citando numa família que tem irmãos, imagine o choque que não é um filho único passar diretamente para o título de pai? É algo meio assustador...
Abraço à todos.
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