Pétalas de uma rosa no chão estavam,
Perecendo, aos poucos agoniavam,
Partindo-se ao meio rogavam,
Pois seus pecados na terra as condenavam.
Além da flor, outro ser ali estava,
A besta das profundezas impiedosamente urrava,
Antes de ser morta a flor berrava:
A luz que te cerca não me fará uma escrava!
Porém a bela rosa não percebia,
Pois, distraída, pouco a pouco perdia,
Perdendo sangue e lágrimas perecia,
Enquanto sua alma com violência ardia...
E nessa hora uma luz marcou o norte,
Enquanto lutava para ser forte,
Ela fez sua sorte,
Empurrando a besta para a sua morte...
(Lucas A. Dardenne)
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