domingo, 24 de outubro de 2010

Estou longe, longe, estou em outra estação.

Interprete essa frase como quiser, assim como você pode entender X lendo Y. Entenda sempre o que quiser, mas saiba que não sou louco por dizer que ídolos do passado falam comigo pelas suas músicas. Mas saiba que eu tenho milhões de outros motivos muito maiores para ser chamado de louco, afinal, Charles Manson não era louco, só tinha uma interpretação um pouco mais profunda à respeito das músicas dos Beatles. E, acredite em mim, você com certeza você também tem X motivos para ser chamado de louco, mas eu não faço/farei isso porque eu sei que normal é um adjetivo que não existe no meu dicionário. Vai por mim, tenho certeza que você acredita em algo que, mesmo que não exista uma lógica concreta, você apostaria sua vida naquilo. A fé que você deposita em X nunca fará que ele seja Y, mas você tem certeza, e é capaz de tirar a sua ou a vida de outrém achando que ele é de fato Y, e quer saber? Você pode ter razão, se todos acreditam que X é Y, por que não acreditar? Mas eu digo, não é só porque todos começam a acreditar em gnomos que eles simplesmente vão aparecer por ai, o mesmo serve para as religiões e todas as suas crenças. Agora, coincidências não provam nada, simplesmente porque um anagrama qualquer tem seu nome ou suas iniciais, ele não faz parte de uma conspiração global.
E me permita dizer, que agora, eu estou longe, mas tão longe, que estou em outra estação. Eu gosto de pensar nisso como uma metáfora para a morte, talvez Renato Russo nem um dia sonhasse que eu existiria ou que alguém interpretaria essa frase como uma prévia de sua morte. Mas enfim, hoje ele está em outra estação, junto com todos os outros que já não estão conosco.
E hoje eu digo que estou morto, eu posso acreditar nisso fielmente, e posso até convencer a todos que eu estou de fato morto. Mas as pessoas tem o nojento hábito de só acreditar no que conseguem ver, então eu teria de me matar para provar. Mas bem, estou morto, e prove-me o contrário quem conseguir. E eu digo também, você está morto junto comigo, e junto com todos ao meu e seu redor.

E, para finalizar eu termino dizendo, você consegue interpretar qualquer palavra, parágrafo e frase desse texto? Entenda o que quiser dele, assim como eu entendi o que pensava quando escrevia.

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